A criptografia é uma fórmula de proteção de dados, com o objetivo de esconder ou proteger as informações de uma determinada mensagem (que pode ser um documento eletrônico).

A criptografia possui uma chave de acesso que permite a leitura do conteúdo.

Este método já era usado na Grécia e na Roma antiga, quando os imperadores mandavam mensagens aos seus generais que estavam distantes nas guerras ou nas missões. Para os estranhos não possuíam significado, mas os que tinham a chave, ou o código de acesso, conseguiam ler a mensagem.

Os nazistas usaram muito este método na 2ª guerra mundial, para mandar mensagens aos comandantes e ao pessoal dos navios de guerra, com instruções ou ordens de ataques aos inimigos.

Os aliados só conseguiram começar a vencer os alemães ao decodificar as mensagens que interceptavam. Eles conseguiram capturar uma máquina alemã chamada “Enigma”, usada para decifrar o código matemático que protegia a mensagem. O problema é que mesmo tendo a “Enigma” em mãos, os aliados não tinham a chave usada e, como os alemães alteravam a chave a cada 24h, quando os matemáticos ingleses decifravam a chave, já era tarde demais e ela não tinha mais valor.

O problema só foi resolvido depois que o inglês Alan Turing, o precursor do Computador, inventou uma máquina que fazia cálculos. Por intermédio do equipamento, conseguiu decodificar a chave a tempo de ser usada na “enigma”. (Para entender mais o tema, assista o filme “O Jogo da Imitação”).

Vamos a um exemplo prático e simplista da criptografia, algo parecido com o que era usado na Roma antiga.

Veja este código, “afqljrnw”. Olhando assim, parece sem sentido e ilegível, mas este é meu nome, “Valdemir’, dentro de uma criptografia criada por mim.

Mas qual seria a chave que decodifica esta minha criptografia? A chave é cinco letras após cada letra do meu nome no alfabeto. Exemplo: Letra “V” mais cinco letras para frente (w, x,y, z, a), portanto o “V” é substituído pelo “A” na minha fórmula criptográfica o meu nome “Valdemir”, ficará assim “afqljrnw” e, só quem tiver a chave poderá ler.

Usando esta criptografia criada por mim, eu poderia mandar uma carta secreta para alguém, deixando o texto à disposição de quem tivesse acesso a ela, e mesmo assim estas pessoas não conseguiriam entender o seu conteúdo. Mas, quem tivesse a chave, poderia ler sem maiores dificuldades.

O Certificado Digital do padrão ICP Brasil tem uma criptografia tão forte que até hoje nem os supercomputadores nucleares conseguiram decodificá-la. Ele possui duas chaves, uma pública e uma privada. A privada está protegida com a senha do titular e a pública, fica em posse do ITI – Instituto Nacional da Tecnologia da Informação.

Agora que você sabe como funciona a criptografia, conseguirá entender um pouco mais sobre a importância do Certificado Digital, que protege a sua identidade digital quando usada para assinar documentos em meio eletrônico ou acessar sistemas.  A criptografia do Certificado Digital garante que ninguém se passe por você no mundo digital.

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Valdemir Manoel da Silva

Gerente Comercial da FCDL-SC